Malba Santos
Ultimamente, muito se tem falado sobre a utilização das TICs como aliadas do professor na sua prática docente. Será que os professores de hoje estão alheios à realidade tecnológica à sua volta? Qual o motivo que faria esse profissional da educação de hoje, detentor de um perfil do professor moderno na era das TICs, e, também, como não poderia deixar de ser, consumidor e usuário das parafernálias tecnológicas como a máquina digital, o computador, DVD, o celular, a máquina filmadora etc deixar de utilizar em sua prática docente tais recursos?
Percebe-se, cada dia com mais freqüência, a adesão das escolas, de uma forma mais ou menos tímida, a prática de projetos incluindo as tecnologias em sua proposta curricular. Esse é um dado irreversível. Observa-se também que experiências que nos chegam através de programas de formação importados de outros estados e regiões, nos mostram, muitas vezes, práticas que já estão sendo utilizadas por nossos professores há algum tempo.
Respeitadas as tradicionais dificuldades próprias de cada instituição, é importante que seja criada desde a formação do professor a cultura do registro de suas experiências em sala de aulas.
O professor está buscando cada vez mais sua qualificação na era tecnológica com programas de formação que incluem a utilização das mídias, no entanto, tais conhecimentos não estão sendo colocados em prática na mesma proporção em que chegaram à sociedade contemporânea.
Não cabe aqui procurar culpados para justificar a má utilização da tecnologia no processo educacional. O objetivo é que se levante um diálogo em relação ao que se pode ser feito a partir dessa constatação. É bem verdade que faltam às escolas públicas, nos diferentes níveis de ensino, os investimentos necessários na área. As universidades, desde os cursos de graduação já deveriam disponibilizar aos alunos os recursos tecnológicos em questão para que quando estes se tornassem profissionais já estivessem habilitados a manuseá-los naturalmente adequando-os à sua prática docente.
Portanto, para que haja uma verdadeira reforma educacional tecnológica objetivando a melhoria do processo de ensino e aprendizagem é imprescindível que as instituições de ensino sejam as difusoras dos recursos tecnológicos, formando profissionais-usuários das tecnologias, conscientes e habilitados. Usuários, sobretudo, no exercício de sua prática profissional.
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